Em sua grande maioria, o período de gestação de uma mulher é marcado por várias dúvidas relacionadas às mais diferentes áreas de sua vida. É muito comum surgirem tais dúvidas, pois nesse período várias mudanças ocorrem na vida da mulher como alterações físicas, psicológicas e hormonais influenciando a qualidade de vida das gestantes. Com o objetivo de manter ou melhorar sua qualidade de vida, uma das principais dúvidas da gestante é com relação a possibilidade ou não de realizarem atividades físicas. Sabemos que existem diversas práticas físicas que podem ser realizadas por gestantes nesse período, porém nesse texto vamos abordar e procurar responder à pergunta: gestantes podem fazer yoga?
Antes de respondermos essa pergunta, é importante explicarmos que existem diferentes linhas de yoga e que nem todas são adequadas para gestantes. Por isso, é importante que a gestante consulte um professor de yoga habilitado que conheça as diferentes linhas afim de encontrar a prática de yoga melhor recomendada para ela e, assim, sentir-se segura ao praticar o yoga. Isso faz toda diferença! Portanto, voltando à pergunta se gestantes podem fazer yoga, a resposta é sim, desde que a gestante consulte um professor de yoga e seja devidamente orientada. Estudos já comprovaram que o yoga pode ser sugerido como um sistema alternativo e complementar de saúde a ser praticado durante os períodos pré-natal e pós-natal (1). Nesse contexto, as linhas de yoga consideradas recomendáveis para as gestantes devem ser aquelas em que seus exercícios físicos sejam lentos, harmoniosos e precisos, elaborados com o objetivo de gastar menos energia e trazer maior concentração e consciência. Dessa forma, gestantes podem praticar as linhas de yoga que não realizam exercícios repetitivos, que não envolvam grande exigência física e das articulações, que sejam livres de impacto e que apresentam pouco risco de quedas. É importante notar ainda que algumas posturas do yoga devem ser evitadas como aquelas em que a gestante precise deitar sobre a barriga, deitar de costas sem apoio, posturas que comprimam o abdômen como as torções, as posturas de inversões, além de qualquer postura que a gestante não se sinta confortável em realizar.
Essas são, em linhas gerais, as características mais importantes que devem ser observadas pela gestante na busca de uma prática de yoga mais apropriada nesse período.
Por fim, o yoga para gestantes praticado com essas observações iniciais e de acordo com a orientação de um professor habilitado pode tornar-se uma grande ferramenta capaz de preparar o corpo, tranquilizar e equilibrar a mente, e minimizar os efeitos negativos das alterações físicas, psicológicas e hormonais muito comuns no período de gestação.
• Auxilia a construir força muscular e flexibilidade auxiliando a mulher a ouvir o seu corpo;
• Pode reduzir o estresse e proporcionar um relaxamento profundo;
• Os exercícios auxiliam no controle da respiração lenta e profunda;
• A meditação e o canto de mantras ajudam a acalmar a mente;
• Tonifica os músculos do assoalho pélvico e abdominal;
• Melhora a resistência física e a amplitude do movimento;
• Amplia a concentração no trabalho de parto;
Como ilustração, segue uma indicação de postura (Malasana – Postura de Cócoras) para gestantes e seus benefícios:
• Favorece a circulação nas pernas, relaxa os músculos da base da pélvis e energiza o corpo inteiro;
• Fortalece o períneo, coxas e pernas, ajuda a manter a mobilidade das articulações dos quadris e da pélvis;
• É uma postura ideal para a preparação do trabalho de parto.
Observações: (1) não pratique essa postura se tiver hemorroidas e varizes doloridas; (2) mulheres com pressão baixa ou se a postura causar tontura redobrem o cuidado.
Referências:
(1) Sharma M, Branscum B. Yoga Interventions in Pregnancy: A Qualitative Review in The Journal of Alternative and Complementary Medicine Volume 00, Number 0, 2015, pp. 1–9.
SILVA, Aline; Yoga na Gestação: Uma proposta de conexão com essa etapa da vida. Monografia – Graduação em Educação Física, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2017.
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